Até ao fim
De 3 de Abril de 1960 a 18 de Julho de 2003
No mar são tuas cores que a luz desenha
No horizonte de uma outra rota
Segui até ao fim tua façanha
Porquê tanto ocultaste teu rumo em troca?
Partias de manhã com tua dádiva
E nós na praia morna sempre aquém
Vagas que galgavas mulher impávida
Eram serenas ondas sempre mãe
E assim fugiu de mim o teu destino
Espuma branda teu corpo que não ousei
Puras águas as mágoas do meu signo
Que ao lado da tua barca naveguei
Contempla lá do alto o mar ameno
Regressa às margens estreitas do meu rio
Repousa enfim de coração sereno
E só a vela segue como eu a guio.
Também em Poemastro me confesso