quinta-feira, julho 18, 2002

"Três” é o número que Deus fez


Vá lá a gente conceber um, só!... E só um para quê? Pelo menos mais outro... um. Assim já são dois... uns. Um e dois são primos. O povo, que nem precisa de ir à escola para perceber a sofisticada matemática das uniões naturais, intui que quanto mais primo, mais lhe arrimo”: - não há dois sem três. E como continuam primos, redondamente divisíveis por si e pela unidade, os primeiros três números são a sagrada família primordial que rompeu a inconsequente virgindade eterna. Só um Deus poderia de tal sorte tirar os três à solidão. O “quatro” é o primeiro número humano: abandonou o círculo divino para se tornar divisível por um, por si e... por mais. Anda o homem, o “quatro”, condenado a conceber a quadratura do círculo: - tirar os três a toda a gente, mas ficar sempre com umas sobras para o que der e vier nos quatro cantos da casa, a mais redutora metáfora do universo que o ser humano inventou.