O meu umbigo
O meu primeiro post é de Janeiro, 10, 2002. Meu blog cabe inteirinho na prateleira do umbiguismo, segundo os critérios de análise da blogoesfera propostos por JPP (é o Pacheco Pereira) no seu Abrupto.
O termo não me escandaliza. Não me tinha era lembrado dele. Como ando com a mania de dar relevo às singularidades, em detrimento dos conceitos específico-genéricos, fui realmente olhar para o meu umbigo.
Um sarilho! Falta-me elasticidade para o ver em directo. Fui ao espelho (fui mesmo, não é força de expressão) e lá estava o buraco na vertente descendente da calote abdominal.
Acho o meu umbigo bem feito, uma cratera pacífica bem desenhada onde não cabe a ponta de nenhum dos dez dedos das minhas mãos (não cabe mesmo, eu experimentei). Mas... ó diacho, se lá não cabe um dedo, e eu me lembro de limpar todos os buracos do meu corpo menos este, será que eu ando com o pipo umbilical cheio de sarro sem dar por isso?
Peguei num “bastoncillo de algodón” (não é força de expressão, peguei mesmo, como se prova pela citação original...) e esburaquei até à profundidade máxima sem encontrar lixo.
Meu umbigo anda limpinho.